terça-feira, outubro 18, 2005

Sugestao da Casa

Quando entro em algum estabelecimento da area da restauracao pela primeira vez, é habito pedir o prato recomendado pelo chefe. Este vem por seu turno no menu do dia, que supostamente é fresquinho e do melhor. Resulta sempre! Nunca fiquei desiludido com esta atitude...até que cheguei á Republica Checa.
Provavelmente é do choque de cultura, mas a regra, aparentemente simples e infalivel, nao dá resultados praticos por estas bandas.
Comeco.
Todo lampeiro (vocabulo perfeito para a situacao) entrei numa casa de chá, com os do costume. A pandilha destinava-se a jantar o que lhes fosse oferecido, sendo condicao necessaria a rapidez e eficacia, visto que já ultrapassava á muito as horas do "comer".
Sentamo-nos. Prontamente apareceu o tipico empregado que esperamos que nos sirva numa casinha de chá: O Tarzan. Cabalo longo e seboso, camisa havaiana mostrando a selva peitoral, calcao curto ou cueca, nao se percebia bem... e para finalizar, descalco com os pes repletos de porquidao. (Original diga-se de passagem)
Tamanha situacao indicava uma de duas opcoes: ou fuga imediata do local ou... a sugestao da casa.
Assim, escolhemos o risco da segunda.
Conclusao: Apareceu-nos dois pratos de kuskos que mal deu para a cova do dente e um maravilhoso chá espesso a puxar para a cor de tijolo, que sabia a sabao Dove.
Nao deixando ficar mal a bela tradicao tuga, a custo, bebemos e comemos tudo.
Mais tarde abandonámos a selva e aprendemos a licao.