sábado, fevereiro 11, 2006

Distracções

É um dado adquirido que sou uma pessoa com um índice de distracção bastante elevado. Diria mesmo acima da média estabelecida pela U.E.

Tento defender-me. Escrevo variadíssimas lembranças no telemóvel, notas em post-it (coloridos) e a ultima aquisição “metro” é uma agenda onde planeio o dia-a-dia. Enfim, o esforço está lá!No entanto, é inevitável! Mais tarde ou mais cedo a minha verdadeira natureza revela-se.

Hoje decidi ir ao supermercado comprar bananas e ovos (pormenor que dispensavam saber). Na fila para pagar, toca o telemóvel. Na azáfama de dar o cartão, marcar o código, receber talão e falar ao mesmo tempo, agarrei os sacos que estavam á mão. Ao chegar ao carro apercebi-me que era suposto ter apenas
2 sacos e não 3 como de facto acontecia.Rapidamente abri o desconhecido.

...

Meus caros amigos, o que me poderia calhar na rifa?! … Infelizmente não eram acções da SONAE, eram sim, 10 exemplares da revista Maria, mais 2 da Ana, 1 da Mulher Moderna e 3 da Lux. Sei que deveria ter voltado as costas e ter ido devolver. Mas se a vergonha de comprar uma Maria já é muito, imaginem o que é devolver 10. Já sabem, se quiserem um exemplar deste vasto poço de conhecimento literário: vendo a 20 cêntimos!

Pois é, infelizmente não acaba por aqui.Mais tarde, agora na farmácia, o mesmo método de distracção levou-me a levantar o rabinho da cadeira da sala, onde calmamente descansava, e voltar ao mesmo estabelecimento para levantar os farmagos esquecidos. As pessoas também não estão do meu lado.
Exemplo claro: “Eu reparei que se tinha esquecido dos medicamentos, mas o senhor estava numa conversa tão animada ao telemóvel que eu não quis incomodar”."Obrigado" retorqui.